domingo, 27 de março de 2011

Cores do tempo

Uma coisa que costumo fazer quando viajo é coletar elementos culturais dos lugares onde passo e
 compara-los com aquilo que conheço. Não sei se posso chamar isso de pesquisa, pelo menos para mim me engrandece muito.
Um caso desses foi em uma viagem que fiz ao Peru, por conta da nossa vontade (minha e da Cris) de
conhecer Machu Pichu e fazer a chamada trilha Inca. Bueno dentre tantas coisas bagualas que vi por la uma me deu uma lição "inolvidavel" (ehehehe) um dos passeios que fizemos levava até uma vila pequena chamada Chincheros. Com forte tradição em tecelagem e tingimento, alias como todo o Peru, que até hoje e possivel se ouvir Quechua nas ruas de onde vem muitas da palavras que usamos até hoje como Mate, pampa, Poncho, etc . Mas voltando ao assunto, o ponto alto do passeio era a visita  a um local onda as mulheres trabalhavam a lã das lhamas e guanacos na forma tradional inclusive tingindo
nas mais diferentes cores possiveis.
Pra quem quiser saber tudo isso no detalhes recomendo a materia abaixo que ta bem detalhada:
Mas a parte importante para mim disto tudo foi que numa olhada rapida contei uma duzia de cores de verde limão a preto.
Mas a beleza da coisa e como elas extraem essas cores, uma tecnica que deve ter pelo menos uns 2 mil anos.
Bueno voltando ao nosso mundo e ligando alguma pecinhas fica facil imaginar de onde vem nosso palas e algumas coisas que temos por influencia destes povos ancestrais. Basta dizer que a erva mate era uma das 300 plantas sagradas para os incas. Mas ai me vem uma dúvida, que o MTG não permite o uso de certas cores de indumentaria com a  Explicação de que em tal epoca não havia estas cores de lenco e camisa e cousa e tal. Talvez nao na europa,  mas aqui na sulamerica ...

terça-feira, 1 de março de 2011

Romance das plumas verdes

Em um viagem recente que fiz a Argentina, botei em pratica um desejo que a muito tempo trazia, conhecer Horácio Guarani e quem sabe tirar uma foto com ele e ate que sabe beber um vinho.
Para mim, um dos patrimónios da cultura verdadeiramente representativa gaúcha e sul americana, autor e cantor de tantas obras que admiro como la vijerita, si se calla el cantor, chacarera del triste, cabalo que no galopa, romance das plumas verdes e tantas outras que escuto desde guri na voz de noel gaurany, chachaleros, mercedes sosa, chaqueno palavecino. Bem não preciso dar o currículo do homem, em especial fui motivado por uma musica que por acaso não e dele mas ganhou meu coração na sua interpretação - Milonga del peon del campo do mestre maior Dom Ata. Mas no táxi vinha eu imaginando como seria Lujan, uma cidade pequena que fica a 120 Km de Buenos Aires de onde viemos de ónibus, como seria o lugar que este homem escolheu para fazer sua morada. Queria de fato conhecer sua querencia. Bem chegamos na frente do restaurante, que graças a internet, descobri que pertencia a ele e que na minha vaga esperança poderia encontra-lo por la. Bueno, chegamos no local e o taxista, muito simpatico me mostrou o local e disse que o homem morava mesmo numa quinta uns poucos metros atraz do restaurante e como diz na musica encontrei um "valete" na frente do estabelecimento nem tanto disfracado, mas que com a cordialidade costumeira do povo do interior da Argentina me explicou Don Horácio não estava em casa que havia saido naquela manha para uma apresentação no Festival de Baradero que estava ocorrendo naquele fim de semana. Apesar da minha frustração, resolvi almoçar ali com minha esposa e minha mãe, pois já passava das 2 horas e depois iríamos conhecer a cidade e a famosa Basílica de Lujan, a maior da Argentina, que confesso não me impressionar pela questão religiosa mas pela belisima arquitetura do lugar. Uma das "estorias" que fiquei sabendo sobre a famosa Virgem de Lujam que ela era na verdade uma imagem trazida do Brasil por um tal de "negrito Manuel" la por 1800 e pouco e que todos os anos existe um prossição na qual as pessoas vão a pé de Buenos aires a Lujam. No fim das contas valeu, como mostra a foto acima comer o melhor "vacio" da minha vida, conhecer o "Plumas verdes"onde fui muito bem atendido e de quebra beber um vinho de Don Horácio, como ele mesmo já deve ter feito muitas e muitas vezes.
Um forte abraço a todos